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18 de janeiro de 2010

 

5 de janeiro de 2010

 

O dia e a noite







Às vezes eu tenho umas tiradas geniais, muito boas mesmo:


(puxando papo com a garçonete que trabalhava na cafeteria ao lado da minha)

- E então, faz tempo que você trabalha aí?

- Faz mais de um ano. Você é novo aí, não?

- É, comecei semana passada. Gosta do trabalho.

- Ah, não reclamo não. O único chato é o horário. Começo meio- dia e fico até as quatro. daí às 8 da noite eu tenho que voltar e ficar até fechar.

- Ah, horário partido é chato mesmo, perde o dia inteiro. Ainda bem que eu tenho turno seguido.

- Você faz turno seguido?

- É.

- Pensei que também fazia horário partido.

-Ou seja, pensou em mim.




Outras eu dou umas mancadas fenomenais:

(Puxando papo com uma jovem cadeirante. Desconfiava que era a mesma que eu havia visto na noite anterior no teatro)

- Então, fez o quê no sábado?

- Nada, fiquei em casa. E você?

- Fui ao teatro.

- Que tinha lá?

- Ópera. Il Trovatore. Sério que você não foi? Poxa, tinha uma moça lá que eu jurava que você tinha ido.

- Não, fiquei vendo filme mesmo.

- Ainda por cima tinha uma moça lá que eu cheguei até a confundir contigo.

- Parecia comigo?

- Nem vi direito, tava escuro, mas ela também ia em cadeira de rodas.

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